sexta-feira, 13 de abril de 2012

como funciona a embreagem

Embreagem – Como funciona

Nem todo mundo conhece o funcionamento da embreagem, que gera sempre dúvidas quanto a sua funcionalidade e muitos outros aspectos. Aqui você confer funciona a embreagem.
Primeiro, devemos saber para que serve a embreagem. Suas funções são possibilitar que o veículo saia suavemente, transmitir torque quando em marcha, proteger o motor, e muitas outras.

embreagem
Mas, como funciona a embreagem?
No volante do veículo são montados o platô junto com disco. O volante está ligado ao virabequim do carro. Então, o platô está ligado ao motor do veículo e o disco está conectado ao cambio, que está ligado nas rodas.
Pressionando o pedal da embreagem, este faz o movimento de deslocamento fazendo com que a membrana do platô separe-o do disco. Com isso, o movimento do motor não passa para o câmbio e não é transmitido para as rodas, acabando com o problema de movimentação do veículo.

Desapertando o pedal da embreagem, o contato do disco com o platô se estabelece e assim o giro do motor passa para o disco, que gira em conjunto trasmitindo para as rodas, ocasionando o movimento ao veículo.  Quando o carro ´modificado, há um aumento na potência do veículo, sendo recomendadas então a utilização da embreagem de cerâmica.

Montagem e problemas mais freqüentes

Montagem e problemas mais freqüentes

Para encerrar esta série de matérias sobre embreagens iremos falar um pouco sobre os problemas que podem ocorrer, bem como suas possíveis soluções e formas de testarmos o sistema.
Montando a embreagem
Após diagnosticar e reparar os problemas do veículo e antes de montar um novo kit de embreagem, devemos fazer as últimas verificações que podem evitar muita dor de cabeça para o reparador. Segundo os fabricantes de embreagem, é importante prestar muita atenção aos seguintes itens:
- garfo de embreagem: certificar-se que o mesmo não apresenta excesso de desgaste ou de folga em seu acionamento e verificar se o garfo se movimenta livre em todo seu curso
- retentores: a contaminação das peças por óleo pode provocar patinações nem sempre percebidas pelo motorista, que ocasionaram desgaste prematuro no conjunto de embreagem, portanto, verifique muito bem todos os retentores próximos ao sistema
- volante do motor: apesar de não ser parte integrante da maioria dos kits de embreagem, o volante faz parte do sistema e deve ser criteriosamente verificado com relação a trincas, marcas de super-aquecimento, sulcos e espelhamento. Todos estes problemas devem ser eliminados, seguindo as exigências do fabricante antes da montagem
- tubo guia do rolamento (ou moringa): ele não deve apresentar marcas, amassados e sulcos, pois isto prejudicará o acionamento do mancal. O tubo guia também deve estar centrado e paralelo ao eixo piloto, isso garantira um bom funcionamento
- rolamento ou bucha guia do eixo piloto: a bucha guia quando muito seca ou com folga provoca ruído perceptível apenas em saídas com o veículo. Já o rolamento danificado impede que o condutor consiga debrear o veículo, dificultando a troca de marchas, também é fonte de ruídos, em alguns casos pode desalinhar o eixo piloto, destruindo o amortecimento torcional do disco de embreagem
Em todos os casos se for verificado qualquer problema com os itens citados acima, estes devem ser substituídos. E lembre-se: a montagem de qualquer sistema de embreagem deve seguir a recomendação do fabricante das peças.
Problemas e soluções
Mesmo prestando muita atenção nesse item, alguns problemas teimam em reaparecer. Veremos a seguir quais têm a maior incidência de reclamação nas oficinas reparadoras, bem como suas possíveis soluções.
Trepidação: veja alguns fatores que pode ocasionar
- lonas impregnadas de óleo ou graxa: isso pode ocorrer por excesso de graxa na lubrificação do sistema, vazamento de graxa do rolamento, de óleo pelos retentores do motor, do eixo piloto ou do sistema de acionamento hidráulico. A solução do problema será eliminar os focos de vazamento, substituir o disco de embreagem e limpar o platô
- coxins danificados ou deslocados: estes devem ser montados corretamente ou substituídos
- motor desregulado: o sistema de admissão (carburador ou injeção) e ignição devem ser regulados
- disco de embreagem errado: deve ser trocado
- platô danificado: substituí-lo
- acelerador duro: verificar cabo e acionamento entre o mancal das borboletas e o pedal do acelerador. Lubrifique ou substitua esses itens
- embreagem dura: verifique tubo guia, cilindro mestre, cilindro escravo ou atuador, cabo de embreagem e mancais. Se ainda tiver condições, repare as peças danificadas ou substitua-as
Patinação:
- montagem ou desmontagem incorretas do platô causa deformação de sua tampa, mola membrana ou alavanca. O problema será resolvido montando corretamente uma peça nova
- vazamentos de óleo ou graxa na região da embreagem certamente contaminará o revestimento do disco, que deverá ser substituído e fazer a limpeza de todo sistema
- problemas no acionamento hidráulico, acionamento do pedal emperrado, folga muito pequena entre o rolamento e o platô, fazem com que a embreagem trabalhe enforcada. A melhor solução para esse caso é revisar todo o sistema de acionamento substituindo componentes se houver necessidade e regular a folga do rolamento conforme recomendado pelo fabricante
- desgaste natural do revestimento (lonas) do disco e uso incorreto da embreagem promoverá um desgaste acentuado no revestimento do disco, que deverá ser substituído, e se necessário, troque também o platô e retifique o volante do motor
- retífica incorreta do volante, deixando a diferença entre o assentamento do platô e da superfície de atrito fora da especificação do fabricante, isso requer uma nova retífica na área de assentamento ou substituição do volante
- além de todos os itens já citados, conduzir o veículo de maneira errada, pode causar superaquecimento. Só será resolvido com a substituição de todo o kit e sangria do sistema
- volante do motor com sulcos, pequenas trincas ou vitrificado (espelhado) deve ser retificado.
Ruídos:
- rolamento de embreagem sem procedência, seco ou montado de maneira incorreta, obriga a retirada do câmbio para que seja substituído ou reparado
- aplicação de disco incorreto pode ocasionar incompatibilidade entre o sistema de amortecimento do disco e o sistema de transmissão do veículo. Como solução, é recomendado que seja aplicado o disco correto do veículo
- rolamento ou bucha guia do eixo piloto ausentes ou montados sem lubrificação, devem ser reparados ou substituídos
- platô desbalanceado deve ser substituído, se necessário substitua o disco também
- o uso inapropriado do veículo pode danificar o amortecimento do disco, que deverá ser trocado
Disco não é liberado:
- rolamento ou bucha guia do eixo piloto ausentes ou montados sem lubrificação, devem ser reparados ou substituídos
- transporte e armazenamento incorreto causa empenamento do disco, que deverá ser substituído
- disco de embreagem muito grosso, deve ser trocado
- disco de embreagem empenado, deve ser substituído
- veículos que permanecem muito tempo parados podem colar o disco de embreagem entre o volante e o platô, se houver perda de material do disco, este deve ser substituído, caso contrário uma boa limpeza com uma lixa deve ser realizada nas superfícies de contato do disco, volante e platô
- o recuo insuficiente da placa de pressão do platô pode ter como causas: excesso de folga no acionamento do rolamento problemas no circuito de acionamento hidráulico erro na montagem do platô deformação na mola membrana durante a montagem do motor com o câmbio excesso de curso no acionamento da embreagem ou cubo do disco deformado. Na solução desse caso é necessário revisar praticamente todo o sistema, pois há muitas variáveis que podem confundir o reparador.
Como podemos perceber, alguns problemas são causados pelos mesmos fatores, o que pode até acumulá-los, por isso não se esqueça de questionar o cliente e revisar criteriosamente todos os componentes do sistema. Só monte o sistema de embreagem, quando tiver plena certeza de que todo o conjunto trabalhará harmoniosamente.
Esse material foi preparado usando como base os catálogos e informativos técnicos da ZF SACHS e da Luk. Além de seguir essas dicas e instruções não deixe de usar os equipamentos de proteção pessoal, como luvas, óculos e botas de segurança.


Esta peça foi recondicionada sem critério, o que ocasionou desgaste e quebra prematura de seu material de atrito


Conjunto retirado de um veículo, preventivamente, mas já apresentando danos no platô e no volante


Tubo guia do rolamento com marcas causa dificuldade de engate, por isso é recomendável a sua substituição em todas as trocas de embreagem


Empenamento do disco ou platô faz com que o atrito entre o disco e volante seja irregular causando patinação da embreagem


O excesso de poeira travou o rolamento de embreagem danificando as unhas da mola membrana do platô



A falta de atenção do motorista aos sinais de desgaste da embreagem pode proporcionar surpresas desagradáveis no momento da reparação


Sempre que possível, utilize ferramentas para alinhar o conjunto de embreagem durante a montagem


Danos por excesso de curso podem aparecer logo após a montagem ou demorar muito tempo para serem detectados


Vemos claramente o material de atrito do disco, que foi desgastado tão rapidamente que não houve tempo de ser dissipado

Este sistema ficou pré-acionado e uma subida de serra (aproximadamente 70 km) comprometeu todo o conjunto


A retífica do volante é obrigatória no caso de sulcos em sua superfície, porém devemos ficar atentos a espessura mínima determinada pelo fabricante

A coloração azulada deste volante foi resultado da patinação causada pelo vazamento de óleo do retentor traseiro do virabrequim



Nesta imagem, vemos o platô pré-acionado e o material de atrito do disco de embreagem


segunda-feira, 24 de novembro de 2008

Embreagem – parte 2

Saiba como diagnosticar problemas
Reparadores reconhecem que, diante de alguns problemas mecânicos, uma boa conversa com o cliente muitas vezes representa 50% da identificação do diagnóstico. Esse, sem dúvida, é o caso da embreagem, em que hábitos de condução e utilização do veículo podem determinar problemas e desgaste prematuro.
Com base nessa realidade, na edição deste mês, preparamos para você uma matéria que irá auxiliar o reparador na hora de abordar e formular perguntas para ajudar no diagnóstico de possíveis problemas no sistema de embreagem. Leia com atenção e veja como realizar essa tarefa em sua oficina.

Antes da desmontgem:
o diálogo que define a manutenção
Depois do pneu, a embreagem é o item com maior desgaste em um veículo, (tirando os componentes de suspensão, pois, na maioria dos casos, são danificados pelas vias públicas, não por fadiga natural), e quando um veículo chega à oficina com esse tipo de problema, devemos analisar os fatores que podem causar esses defeitos.
É preciso formular algumas perguntas para o proprietário do veículo, tais como:
1. quais são os problemas que a embreagem apresenta?
Essa resposta servirá para identificar trepidação, patinação, dificuldade de engate, dureza na operação do pedal, barulhos no sistema, entre outros.
2. o veículo passou por algum serviço no sistema de embreagem? Se sim, qual? Há quanto tempo? Em qual quilometragem?
Nesse caso, será possível identificar um provável problema de mão-de-obra.
3. qual é a quilometragem apresentada no hodômetro?
Como essa informação pode ser adulterada, ela serve apenas como referência.
Quilometragem muito alta pode indicar desgaste natural da peça, facilmente resolvido com sua substituição. Entretanto, quando o veículo se encontra abaixo dos 40.000 km, os problemas podem ser desde uma montagem errada da embreagem anterior até partes do veículo que, a princípio, não apresentam relação com o sistema de embreagem.
4. em que situação o veículo é mais utilizado?
Se em trajeto urbano, os danos na embreagem podem ser maiores. Se o veículo é utilizado apenas aos fins de semana, pode indicar que o motorista possui pouca prática ao volante. Táxis, devido ao trabalho diário, sofrem um desgaste acentuado em seu sistema de embreagem.
5. quem é o principal motorista do veículo?
Sabemos que motoristas mais jovens tendem a ser mais afobados no uso do automóvel, acelerando o desgaste da embreagem. Sapatos de saltos altos podem ajudar na dificuldade no controle do pedal de embreagem. Idosos, em geral, possuem menos reflexo, por isso podem danificar a embreagem mais rapidamente.

Fatores extras:
Há ainda outros fatores que podem influenciar na vida útil de uma embreagem como:
1 - o trajeto que o veículo percorre, pois muitas subidas ou saídas de edifícios podem forçar todo o conjunto

2 - pesos desnecessários no porta-malas como: mangueiras, galões de água, ferramentas, sacolas com roupas enfim, o que não for necessário carregar deve ser deixado em casa, pois ajuda na deterioração do sistema.

Dica
Uma dica importante é posicionar-se no banco do passageiro e observar o condutor dirigir, pode ser o mesmo percurso utilizado para o teste dos veículos que saem da oficina.
Esses procedimentos servem para observar vícios ao volante como: descansar o pé esquerdo sobre o pedal de embreagem, rodar em sobremarcha &ndash utilizar uma marcha muito alta para a rotação que o motor do veículo esteja trabalhando &ndash, esticar a rotação antes de trocar a marcha, segurar o veículo em ladeiras apenas na embreagem e acelerador.
Com essas informações, podemos orientar o cliente sobre os pontos em que há problemas na condução do veículo, que causam danos e desgaste prematuro não apenas na embreagem, mas também em outros sistemas do carro.

Desmontagem
A desmontagem é uma parte importante na reparação, pois quando realizada de forma inadequada pode causar sérios danos que ocultarão os problemas reais do sistema.
Mesmo parecendo um procedimento de rotina, não deixaremos de relacionar alguns métodos que auxiliam em uma boa reparação. Veja abaixo:
1. desligue o cabo negativo da bateria
2. solte e retire o motor de arranque do veículo
3. solte as hastes de acionamento da transmissão
4. levante o veículo em um elevador, isso facilitará o trabalho
5. retire protetores de motor ou cárter, quando houver
6. apóie o motor e câmbio com cavaletes apropriados
7. solte e retire os semi-eixos do câmbio, em veículos com tração dianteira, ou o cardan para tração traseira
8. desconecte quaisquer chicotes ou cabos que sejam ligados ao câmbio, atualmente é comum que os sensores de velocidade sejam alojados no câmbio, bem como o sensor de marcha à ré
9. desligue as conexões do atuador hidráulico, cuidado para que o fluido não suje o chão da oficina. Ou desencaixe o cabo de acionamento de embreagem, deixando o garfo de acionamento livre
10. solte os parafusos que fixam a transmissão ao motor do veículo, sempre em cruz
11. retire o câmbio
12. solte os parafusos do platô, também em cruz, isso evita que a peça empene.
Esses itens são apenas uma noção de procedimentos que podem ser seguidos, porém, nem todos os reparadores concordam com esses passos. Entretanto, seguindo essa lista, a maioria das embreagens poderá ser retirada e ficará intacta para as análises futuras.

Após desmontar o sistemaAntes de limpar as peças, devemos analisar alguns itens como:
Existência de partes quebradas que podem denunciar trancos na transmissão, por sua vez, transmitidos para a embreagem
Ferrugem no eixo piloto e no cubo do disco de embreagem: essa é a maior causa de dificuldade no engate da 1ª e da marcha à ré
Impregnação do disco por óleo ou graxa: isso causa patinação e superaquecimento das peças em contato.
Com todas as peças limpas e disponíveis para análise, podemos detectar:
Azulamento de platô ou disco de embreagem demonstram superaquecimento das peças, ou seja, o sistema ficou pré-acionado, e isso pode ser causado pelo condutor
Sulcos na face do volante e do platô, sinal evidente de que houve contato entre essas peças e os arrebites do disco, indicando final de vida útil da embreagem
Fissuras na superfície do volante ou do platô são outro indício de aquecimento
Desgaste acentuado na mola membrana, alavanca de acionamento ou anel de debreagem, indicam problemas de engripamento ou desalinhamento no rolamento ou atuador hidráulico
Molas de retrocesso tortas, empenadas ou quebradas, causam perda de pressão, levando à patinação do sistema
Tubo guia de embreagem desgastado promove o acionamento deficiente do rolamento
Garfo de acionamento torto ou desgastado não permite que o platô seja desacionado totalmente, o que pode causar trancos em arrancadas ou trocas de marcha, assim como suas buchas em más condições podem causar problemas similares

Cabos de embreagem devem ser testados, sempre flexionados, quanto ao seu acionamento
Fique atento ao rolamento da ponta do virabrequim, este é responsável por manter o eixo piloto alinhado

O disco, que deve ser verificado quanto a empenamentos
Acionador ou rolamento que devem ser verificados quanto a vazamentos e engripamentos
Confira se todas as guias da transmissão estão nos lugares
Olhe o nível de óleo da transmissão, pois é um item importante para evitar que o câmbio trave.
Na próxima edição, falaremos a respeito da montagem, dos problemas e também sobre possíveis correções. E lembre-se: o diálogo entre o reparador e o dono do carro é essencial na hora da manutenção de um veículo.


Volantes bimassa não devem sofrer retrabalho para não comprometer a segurança


Um volante bem retificado não deve ficar com aparência espelhada pois, nesse caso, provocaria patinações na embreagem



Sistemas de embreagem para utilitários extra-pesados


Peças impregnadas de graxa devido ao excesso de lubrificante aplicado


Para manter a rugosidade necessária ao bom funcionamento da embreagem, a retífica do volante deve ser feita com pedra



Os bólidos de Fórmula 1 utilizam embreagens com multi-discos, pois esse arranjo possibilita uma superfície maior com um diâmetro menor


O cabo de embreagem deverá estar curvado, para que seus testes sejam realizados


Marcas irregulares no volante e platô indicam desalinhamento do conjunto


Excesso de curso no acionamento ou desalinhamento no mesmo pode causar quebras na mola membrana


Este volante foi substituído, porque mesmo após a retífica, ficaram evidentes as marcas de superaquecimento


Embreagens de cerâmica são fabricadas com pastilhas sintéticas e exigem superfície de contato mais duras tanto no volante quanto no platô


Embreagens bi-disco equipa a maioria dos veículos pesados devido a maior área de contato


Em platôs da linha pesada, algumas peças devem ser reguladas assegurando que o seu funcionamento seja perfeito


Atualmente, apenas a linha pesada utiliza platôs com alavanca


As embreagens multi-disco podem apresentar desenhos muito diferentes


As embreagens de competição geralmente são balanceadas com o volante exigindo que sejam montadas na posição correta

A entrada de água na caixa seca provoca a formação de ferrugem nas peças do sistema, prejudicando todo o seu funcionamento

Sistema de Embreagem - Parte - 1


Componentes do sistema
O disco de embreagem é composto por:
• revestimento: esse pode ser de material orgânico, conhecido como lona, ou de material sintético, chamado de revestimento cerâmico;
• disco de retenção, fabricado de aço;
• molas de guarnição de aço com têmpera especial;
• molas de torção (nem todo disco as possui);
• cubo: geralmente fabricado de aço estampado;
• disco de torção: também de aço como o de retenção;
• rebites.
O platô conta com os seguintes componentes:
• carcaça: por muito tempo, foi produzida de ferro fundido (que ainda permanece na linha pesada), porém, está sendo substituída pelo aço estampado, amplamente aplicado na linha leve;
• mola de retrocesso: feita de aço especial para manter a sua ação durante toda a vida útil do platô;
• mola membrana: fabricada de aço de alta resistência por causa de sua forma, o platô conhecido como chapéu chinês;
• alavanca: toda de aço conhecida como gafanhoto;
• mola de acionamento: por seu trabalho constante, é produzida de aço;
• anel de articulação: pode ser feito de diversos materiais, sendo o cobre o mais utilizado;
• placa de pressão: conformada de aço.
O platô, em grande parte dos sistemas, é acionado por um rolamento ou por um atuador hidráulico que substitui o rolamento, e isso permite que o acionamento da embreagem seja feito com o motor e a transmissão em movimento sem desgastá-los prematuramente.
Em sistemas que contam com rolamento de embreagem, este geralmente trabalha em cima de um tubo guia, fabricado de metal, que em alguns casos pode ser confeccionado de plástico de alta resistência.
Em sistemas em que o acionamento é hidráulico, existe um cilindro mestre de embreagem e suas mangueiras de condução são ligadas ao atuador hidráulico, ou ao cilindro auxiliar.
Outro componente do sistema de embreagem é o volante do motor que, apesar de fazer parte dele, depende do bom acoplamento da embreagem. Essa peça é fabricada de aço e passa por um processo de balanceamento.

Função
A função básica de uma embreagem é fazer a ligação entre o motor e a transmissão do veículo, permitindo que em trocas de marchas o acoplamento e o desacoplamento entre ambos sejam feitos de maneira suave, transmitindo integralmente o torque do motor para a transmissão.
Contudo, há uma outra função pouco conhecida: a de atuar como um amortecedor de vibração diminuindo os ruídos gerados no sistema de transmissão.
Descreveremos sobre a função de cada item do sistema de embreagem:
• o revestimento do disco tem a função de aderir, com o maior atrito possível, ao volante do motor evitando que haja patinação entre ambos;
• o disco de retenção é responsável por manter as molas torcionais em seu lugar correto;
• as molas de guarnição auxiliam o platô na tarefa de manter a tensão entre o disco e o volante e absorvem parte das vibrações oriundas do câmbio;
• molas de torção, ou torcionais, são as que absorvem o tranco causado no primeiro contato entre o volante do motor, em funcionamento, e o disco de embreagem;
• o cubo transmite o torque gerado no motor e capturado pelos outros componentes do disco para o eixo piloto da transmissão;
• o disco de torção limita a flexão das molas de torção, impedindo que se danifiquem rapidamente;
• os rebites fixam várias peças do disco de embreagem>

As partes de um platô:
• a carcaça deve ser a base do platô, pois é nela que as outras peças irão se fixar e poderão trabalhar;
• a mola de retrocesso é a verdadeira responsável pela pressão exercida entre a placa de pressão e o disco de embreagem;
• a mola membrana e o conjunto alavanca/mola de acionamento têm a função de liberar a pressão exercida sobre o disco pelo platô;
• o anel de articulação facilita o acionamento e o desacionamento da mola membrana;
• a placa de pressão é responsável por manter a pressão exercida pelas molas de retrocesso, uniforme em toda a superfície do disco.
O cabo de aço tem a função de puxar o garfo de acionamento do rolamento, que por sua vez é responsável por permitir que o platô não seja acionado, mantendo seu movimento rotacional.
O acionamento hidráulico pode atuar diretamente sobre o platô no lugar do rolamento, ou atuar sobre o garfo empurrando o rolamento para que cumpra a sua função sobre o platô. Esse está substituindo o sistema de acionamento mecânico.
O volante é um caso à parte, pois há modelos que utilizam o volante maciço e modelos bimassa, e sua função principal é servir de acumulador de energia cinética e fornecer uma base para que o disco de embreagem possa captar o torque do motor e repassá-lo para a transmissão.
O volante maciço, por ser geralmente fabricado em uma única peça, pode, inclusive, ser retificado várias vezes durante sua vida útil. Entretanto, o volante bimassa possui molas e contrapesos que são desenvolvidos conforme a aplicação de cada motor, esse sistema tem a função de suavizar o funcionamento do motor, mas não pode ser retificado, em caso de danos deve ser substituído. O volante bimassa pode ser reconhecido facilmente por ser mais grosso que o convencional. Atualmente, sua utilização está em expansão em todas as linhas: leve, média e pesada.

Funcionamento
O atrito entre o volante e o disco que é pressionado pelo platô faz com que o torque do motor seja passado para o sistema de transmissão. A compreensão desse princípio é fundamental para se entender uma série de problemas que veremos.
Para começarmos a entender o funcionamento da embreagem, devemos saber que uma embreagem está totalmente acionada quando o platô estiver exercendo pressão máxima em cima do disco de embreagem e do volante, por isso falamos que debreamos ao pisar no pedal de embreagem.
Todo o processo se inicia quando o pedal de embreagem é pressionado, esse movimento é transmitido pelo cabo, ou varão de embreagem, até o garfo do rolamento, que pressionará a mola membrana, ou alavancas, do platô. Isso fará com que o disco de embreagem seja liberado e, dessa maneira, o torque do motor deixa de ser transmitido ao câmbio.
Nesse momento, é criada uma diferença de rotação entre o motor do veículo e seu sistema de transmissão, por isso, quando soltamos o pedal de embreagem, devemos fazê-lo de forma suave e progressiva, a fim de equalizarmos as rotações e evitarmos trancos ou patinação excessiva.
O sistema hidráulico funciona da mesma maneira, mas quem irá conduzir a força exercida no pedal de embreagem e no cilindro mestre será o fluido, geralmente de freio, fazendo com que esse tipo de acionamento seja mais leve e torne as vibrações menos perceptíveis. Esse sistema, na maioria dos casos, aproveita o reservatório do fluido de freio para suprir sua necessidade, mas os que têm um reservatório dedicado facilita a manutenção.
O volante, assim como os outros componentes do sistema, deve estar em perfeitas condições, alinhado e balanceado com a rugosidade em contato do disco de embreagem.
Na próxima edição, acompanhe a continuação desse tema tão importante. Nela, falaremos sobre os problemas que uma embreagem pode apresentar e suas prováveis soluções.



conhecendo a embregen e seus cuidados

conhecendo a embregen e seus cuidados

Fg. 1 Flywheel = volante; clutch disc = disco de embragem; pressure plate = platô (autorepair.about.com)


Muitos pensam que a embreagem serve para mudar as marchas, mas não é bem isso. A embreagem é um componente tão importante que sem ela o automóvel com motor de combustão interna não teria existido.

A finalidade principal da embreagem é possibilitar unir algo funcionando com algo parado e isso tem necessariamente de ser feito de maneira progressiva. O “algo funcionando” é obviamente o motor e o “algo parado” é a transmissão às rodas.

Como função secundária, a embreagem é usada nas trocas de marcha, de modo a aliviar a carga sobre as engreangens e luvas de engate. Nos carros de câmbio sincronizado - todos hoje - no momento em que o motor está desconectado do câmbio os sincronizadores podem exercer seu papel

Embreagens são usadas também em câmbios automáticos, como no Hondamatic, mas com função de conexão engrenagem-árvore apenas, tipo tudo ou nada. Não são para ligação suave
Fig. 2 Quatro embreagens (clutch), uma para cada marcha, no câmbio Hondamatic (antholonet.com)

Os carros elétricos não têm enbraeagem, pois não precisam. Num elétrico inexiste a condição “algo funcionando com algo parado”. Quando o carro para, o motor elétrico para também 

É justamente a transição de carro parado para carro em movimento que constitui talvez o maior temor de quem vai aprender ou está aprendendo a dirigir. Repare - ou lembre-se dos seus primeiros quilômetros ao volante – como as pessoas de um modo geral demoram a dominar a embreagem. Há até quem seja habilitado e não saiba operar a embreagem corretamente.

Fig 3 hyundai.com.au
Arrancar em subidas, então, para o aprendiz, é simplesmente apavorante. Essa, inclusive, era a grande dificuldade de muitos nos carros em que a primeira marcha não era sincronizada, pois não sabiam engrená-la com o carro andando e se houvesse uma subida à frente que exigisse primeira, tinham de parar, e aí a coisa realmente complicava.

Uma das figuras que mais gosto de usar para explicar como usar a embreagem é uma figura da minha infância: pegar o bonde andando. Se a pessoa quiser fazer isso, não pode simplesmente ficar no ponto e quando o bonde passar, subir nele. O tranco será grande e as consequências poderão não ser as melhores.

Para pegar o bonde andando é preciso correr o mais possível à velocidade do veículo para depois subir nele, pelo estribo. Essa fase da corrida corresponde à patinagem de embreagem, o início do movimento do veículo.
Fig 4 Pegar um bonde andando requer uma corrida, "patinar a embreagem" (pepersgirl.blogspot.com)

Patinar embreagem significa a transição entre pedal completamente apertado e pedal completamente solto. O carro anda nessa fase, mas a rotação do motor não corresponde à rotação das rodas motrizes, é maior. Chegará então um momento em que a rotação da roda é tal que corresponderá à rotação do motor, o momento em que o pedal poderá ser completamente liberado.

Esse processo é rápido, leva de 1 a 2 segundos. Levar mais ou menos tempo depende em grande parte da redução total de primeira marcha e em pequena parte, das características do motor, embora os dois fatores sejam intimamente relacionados.

Isso pode ser facilmente demonstrado arrancando em primeira e depois em segunda. Note que o processo no segundo caso leva bem mais tempo do que no primeiro. Isso porque o carro precisa ganhar mais velocidade até que a rotação do motor coincida. E nesse ganhar velocidade a embreagem fica em patinagem.

Outra maneira de sentir bem a diferença é arrancar com um veículo de tração 4x4 que tenha reduzida.(ver ao lado). Arranca-se em Normal (High) e depois em Reduzida. (Low) Neste segundo caso o tempo do processo chega a levar bem menos que um segundo, talvez menos de meio segundo. Por quê? Porque as rodas motrizes logo atingem a rotação que corresponde à do motor, isso devido à grande redução da transmissão.


Fig. 5 Adesivo no painel dos Jeeps com instrução de transmissão (jeep-cj.com)

 A embreagem
Conceitualmente falando a embreagem é um mecanismo bastante simples. Ela utiliza um componente do motor que não foi bolado para fazer parte de embreagem mas faz: o volante . Essa peça, que é rotativa e fixada ao virabrequim, tem a missão de acumular energia cinética proveniente do trabalho do motor e devolvê-la quando é preciso, que é a parte passiva do seu ciclo de funcionamento (ver foto de abertura). 

Para se ter ideia disso, o motor dos nossos carros é de ciclo Otto, de quatro tempos, em que só um, o da combustão e expansão dos gases queimados, é ativo, que produz trabalho. Os outros - admissão, compressão e escapamento - dependem do movimento do volante.
Fig 6 Só o terceiro tempo (ignition, combustão) é ativo, os demais são passivos (eng.warwick.ac.uk)

Claro que não é tão simples, pois há fatores que determinam a massa do volante, como rotação do motor (quanto maior, menor a necessidade de massa) e número de cilindros (quanto mais, menor a massa também). Mas para entendermos a embreagem é suficiente o que foi dito.

O coração da embreagem é uma peça chamada platô, que vai aparafusada no volante. Entre o platô e o volante está o disco, que possui material de atrito nas duas faces. O platô consiste basicamente de uma placa de pressão (que pressiona o disco) e uma mola tipo diafragma, muito conhecida por “chapéu chinês” por se parecer realmente com um.
Fig 7 Platô de embreagem (loja4x4.com.br)

Fig 8 "Chapéu chinês" (hiwtc.com)
Esse tipo de mola começou a ser usada nos platôs no final dos anos 1950 e substituiu com enorme vantagem as várias molas helicoidais (seis ou nove) dispostas em torno da placa de pressão, que exigiam alavancas para serem comprimidas e assim afastar a placa de pressão do disco. Além da pressão uniforme proporcionada, a mola tipo diafragma, ou mola diafragmática, tem resistência não linear, em que a partir de determinado ponto a resistência e, consequentemene, a força no pedal diminuem.

Havia, inclusive, operação de regulagem das alavancas das molas, algo trabalhosa e que exigia dispositivo de montagem do platô e micrômetro comparador. Com a mola diafragmática essa operação acabou.

O disco de embreagem gira solidariamente com a árvore-piloto do câmbio, mas pode deslizar nela no sentido axial porque seu cubo e a árvore-piloto são estriados.
Fig 9 Disco de embreagem e árvore-piloto, ambos com estrias (loja4x4.com.br)

Veja a o desenho abaixo. Quandi o pedal está todo apertado, a própria mola afasta a placa de pressão  (em amarelo) do disco (em marrom) e o deixa solto, de modo que o motor fica separado do câmbio. A embreagem está aberta, ou desacoplada.

Quando o pedal de embreagem não está apertado, a mola diafragmática pressiona a placa de pressão e esta, por sua vez, pressiona o disco contra o volante (em azul) numa parte deste prevista para esse fim. Tecnicamente se diz que a embreagem está fechada, ou acoplada.


Fig 10 Esquema de embreagem (usawatch.com)
Esse movimento de vai e vem da placa de pressão é mínimo, coisa de 1 a 2 milímetros, apenas o suficiente para pressionar ou não o disco. Claro que a julgar pelo quanto o pedal se movimenta em seu curso parece bem mais. Isso é porque a relação de movimento entre pedal e placa de pressão é calculada de tal forma que dois objetivos sejam atingidos. Um, a menor força possível para se acionar o pedal. Outro, dar progressividade adequada e confortável no momento de acoplar a embreagem, como ao arrancar da imobilidade.

Há uma peça que aciona diretamente a mola diafragmática, que é o rolamento de acionamento (vermelho, no desenho acima, thow-out bearing). É basicamente um rolamento como outro qualquer, só que com uma face desenhada para encostar na mola. O rolamento é movimentado por uma peça chamada garfo de embreagem, por sua vez movimentado por cabo ou sistema hidráulico a partir do pedal.
Fig 11 Rolamento de embreagem (pelicanparts.com)

O disco de embreagem possui um sistema de molas no cubo destinado a absorver grandes esforços torcionais (ver Fig, 9, esquerda, as quatro molas em vermelho)

Manutenção
De uma maneira geral, o que se desgasta na embreagem é o material de atrito do disco. Até os anos 1970 trocava-se o material, que era rebitado (ver Fig. 9, esquerda), que era vendido normalmente nas concessionárias e lojas de peças. Hoje é mais prático trocar o disco, que não é tão caro, mas ainda deve existir revestimento para reposição.

Até coisa de 25 ou 30 anos era preciso ajustar a folga do pedal, pois com o desgaste natural do disco a folga vai diminuindo, e se não for ajustada, a embreagem “enforca”, se autoaciona, e daí para sua destruição total e impedir que o carro ande, é um passo. Hoje o ajuste é automático ou o pedal funciona com folga zero, sem batente de repouso, impedindo o enforcamento. Apenas o pedal vai subindo cada vez mais em relação ao do freio, pela falta desse batente. Essas solução foi vista pela primeira vez no Fiat Spazio, em 1983.
Fig. 12 Ajusta de folga (pedal free play) (club-tc.com)

Hoje é muito comum a troca do conjunto de embreagem - platô, disco e rolamento - muitas vezes desnecessária, em que bastaria substituir o disco. Ou trocar um platô só porque a embreagem endureceu, quando a causa é apenas acúmulo excessivo de pó do revestimento do disco por má qualidade deste. Basta lavar o platô e reinstalar.

O rolamento de embreagem, a menos que esteja ruidoso, notado ao apertar o pedal, não precisa ser trocado.

Defeitos na embreagem
É raro hoje, especialmente em razão da precisão do platô com mola “chapéu chinês”, mas discos de embreagem podem empenar, causando trepidação ao arrancar, claramente sentida no carro. Nesse caso é inevitável trocar o disco. A maior causa de empeno é aquecimento excessivo por submeter a embreagem a esforço para o qual ele não foi projetada, como “segurar” o carro numa subida com o motor por meio de patinagem da embreagem.

Se numa reduzida malfeita, aquela para uma marcha que resultaria em rotação excessiva do motor, mesmo que não se tire o pé do pedal de embreagem o disco subirá demais de rotação por girar solidário com o câmbio, com o que o material de atrito do disco pode se desprender ou quebrar por centrifugação.

Poderá haver falta de curso da mola diafragmática e de placa de pressão do platô por problema de acionamento, como cabo de embreagem desfiando ou falha do comando hidráulico, resultando em falta de desacoplamento parcial ou total da embreagem. Nesse caso será difícil ou impossível engrenar uma marcha estando o veículo parado. Em geral o problema começa com a primeira ficando dura de engatar e a ré, geralmente não sincronizada, começa a arranhar ao tentar ser engatada.

Se o disco estiver muito gasto ou se a mola diafragmática ficar fraca por ter-se aquecido além do normal e destemperado, a embreagem não conseguirá transmitir torque para o câmbio e patinará, com se diz. O processo se acentua rapidamente e chegará um ponto em que o carro não andará mais.

Para a embreagem durar mais
Embreagens não têm vida útil definida. Podem durar mais de 200.000 km ou acabar em 5.000 km. Depende apenas de como é usada.

O grande inimigo da embreagem é o calor. Como calor só é produzido quando a embreagem está patinando, quanto menos ela for feita patinar, melhor. Tenha isso sempre em mente. São inúmeras as situações em que a embreagem patina desnecessariamente:

- na aprendizagem de dirigir ou falta de habilidade para utilizá-la corretamente
- segurar o carro na subida por meio do motor
- arrancar em segunda marcha
- com carro quase parando, patinar a embreagem só para não passar a primeira
- andar com motor falhando e compensar falta de potência patinando embreagem ao arrancar
- arrancar quando rebocando trêiler ou carreta e o motor não tem potência adequada
- trafegar com excesso de peso
- reduzir e não dar aceleração interina, deixando a embreagem patinar até o total acoplamento
- impor aceleração forte sem aliviar acelerador ao trocar marcha
- arrancar constantemente em rampas fortes, como as de garagem, de frente ou de ré

Calor na embreagem é tão crítico que nos câmbios automatizados, cuja embreagem é automática.e o motorista pode facilmente usar o motor para segurar o carro numa subida, pensando estar dirigindo um carro de câmbio automático convencional, aparece no painel mensagem informando superaquecimento de embreagem.

Ao contrário do que se pensa, não é prejudicial para a embreagem aguardar o sinal verde com primeira engatada. O rolamento de acionamento foi projetado para essa condição também. Esse cuidado só devia ser observado quando, em vez de por rolamento, o acionamento da embreagem era feito por um carvão,  o chamado colar de embreagem, que se desgastava rapidamente se embreagem fosse usada dessa manera.

Fig. 13 Em vez de rolamento, um simples colar de carvão (emule.com.br)

Aliás, é bom saber que quando em marcha-lenta, câmbio em ponto-morto e embreagem acoplada, nos câmbios que fazem conjunto com diferencial, os chamados transeixos da maioria dos carros de tração dianteira hoje, os rolamentos da árvore primária só recebem óleo quando as engrenagens da árvore secundária, que ficam parcialmente no óleo, giram, ou seja, quando o carro anda.

Portanto, quanto menos o carro ficar parado com motor ligado e embreagem acoplada, melhor. Isso vale também para o aquecer motor antes de sair, que deve ser evitado. Com primeira engrenada e embreagem aberta a árvore primária fica parada.

Parodiando antigo ditado relativo ao estômago, cuide bem da sua embreagem e sua embreagem cuidará bem do seu bolso.